terça-feira, 23 de junho de 2009

Um mês abreviado!

Milhões de anos depois e deixada a preguiça de lado eu resolvo escrever novamente!

Mas já que tem tanta coisa acumulada e eu não quero deixar isso aqui parecendo uma bíblia (o que provavelmente vai acontecer novamente) vou tentar dar ênfase só nos highlights da últimas semanas!

Bom, em Krabi pegamos dias péssimos de chuva e quase não rolou praia.

Pontos altos: fizemos amizade com um advogado de direitos humanos da ONU e fiz rock climbing!

E no momento que estava lá em cima na pedreira, com as minhas mãos tremendo, meus pés quase escorregando e olhando pra baixo foi que caiu a ficha: "que diabos eu estou fazendo aqui??!!"

Confesso que me deu um medinho de fazer isso, mas que valeu muito a pena. Tive um sentimento bem parecido quando estava no topo da Sagrada Família (Barcelona), aquele misto de medo e de se sentir idiota, pois apesar de parecer que você vai cair a qualquer momento no fundo você está segura.

De Krabi fizemos uma escala de uma noite em Hat Yai, no sul da Tailândia, de onde pegamos o trem noturno para a Malásia!

A viagem de trem foi sossegada, com a exceção de que neste dia eu percebi que havia sido roubada em um dos hotéis na Tailândia: USD 675,00!

Mas a vida segue e pelos menos não foram os USD 1.000,00 que eu tinha pensado que era antes.

Com alguns dólares a menos na carteira fomos parar em Kuala Lumpur, capital malaia.

Era quase impossível de acreditar que a Ásia pudesse ser tão barata...quando eu estava prestes a acreditar a gente chega na Malásia, vê que a exceção existe e nos vemos obrigadas a comer sempre no McDonalds pra salvar uma grana.

De maneira que acabamos visitando o país com alguns kilos a mais...pelo menos na consciência, hehehe.

A Malásia foi o país de que menos gostei na Ásia. Para começar nem é tao bonita, pelo menos os lugares que visitamos, e ainda por cima se trata de um país muçulmano, o que deixa uma mulher muito desconfortável na hora de andar na rua, principalmente se o calor infernal faz você derreter e mesmo assim você tem que cobrir joelhos e ombros pra não chamar a atenção dos homens.

Devo ser justa porém com os muçulmanos já que 95% das vezes que algum homem mexia com nós eles eram indianos.

Cada vez mais me convenço que este povo não consegue manter as partes dentro das calças! São tão caras de pau que dá até saudade das cantadas dos pedreiros brasileiros.

Em Kuala Lumpur fiz o básicão turista: visitei e subi nas torres gêmeas, ficamos hospedadas em Chinatown, visitei algumas mesquitas e até aprendi mais sobre o islamismo com um neo-zeladês que conheci em uma das mesquitas que tinha se convertido. E como a cidade não oferece muitas atrações acabamos matando a saudades do cinema e assistimos a 3 filmes!

Ainda reencontramos o Paras, aquele inglês que fizemos amizade no Vietnã! Saímos pra jantar e nesse dia vi uma coisa muito diferente: chegou para jantar um casal muçulmano, ela de burca e ele normal. Se sentam na mesa e o garçom os isola com uma porta camarão que dá a volta na mesa inteira. Sabe para quê? Para que ninguém veja o rosto dela quanto ela estiver comendo! Façam seus próprios julgamentos.

Na Malásia fomos ainda para Taman Negara e para Cameron Highlands.

Taman Negara é uma floresta tropical onde fizemos trekking e constatamos que precisamos urgente de alguma atividade física quando voltarmos ao Brasil! Meu Deus do céu, não pode ser tão difícil assim caminhar 3km de subida mata adentro!

Em Cameron Highlands nos sentimos em uma excursão da terceira idade. O lugar é muito bonito, nas montanhas, um friozinho (graças a Deus!) e um charminho alemão nas ruas, mas é um destino muito pra velhos, quase uma festa das flores do interior de São Paulo! Mas valeu a pena pra conhecer as plantações de chá pelas quais a região é tão famosa: são lindíssimas!

Próximo destino: uma semana em Bali!

Logo na chegada, ainda no aeroporto, conhecemos dois brasileiros que tinham ido pra ilha pra surfar. O Carlo (paulista) e o Rodrigo (baiano). Aproveitamos e já os convidamos para comemorar o aniversário da Silvão que seria em 2 dias.

Pra resumir a semana: Fizemos aula de surfe e nos sentimos o máximo. No dia seguinte alugamos uma prancha por nossa conta na praia e nos sentimos um lixo ao perceber que ainda não somos boas, hahahaha.

Conhecemos dois sessentões argentinos (Álvaro e Rogélio) que se mostraram uns coroas muito legais e sem nenhuma segunda intenção para conosco, juro. Resultado: foram nossa cia de jantares e conversas durante a nossa semana inteira.

Fomos também ver o Carlo e o Rodrigo surfarem em Uluwatu, uma praia só pra profissional, então eu e a Silvão nem nos atrevemos a entrar na água, hahaha, ficamos só admirando mesmo e visitando um templo que tem em uma montanha, com uma vista incrível lá da praia!

Comemoramos as primaveras da Silvão em um restaurante chiquérrimo e depois num bar, seguido de uma balada e pra finalizar uma pizza no meio da madrugada. Tudo isso com nossos novos amigos brazucas e nossos queridos sessentões.

Ainda fizemos um day tour pela ilha, onde vistamos uma floresta de macacos, asisstimos um show de dança/ teatro balinês e fomos até o maior vulcão de Bali!

E pra finalizar com chave de ouro ainda comemos feijoada e coxinha num restaurante brasileiríssimo!

Mas infelizmente tudo chega a um fim e tivemos que ir pra Bangkok, nosso último destino viajando juntas =(

Ao chegar em Bangkok fomos logo ao estúdio de tatuagem fazer as nossas, pelas quais esperamos pacientemente durante estes 4 meses!

A Silvão fez a palavra liberdade em letras tailandesas, nas costas. E eu fiz uma flor vermelha e verde em estilo tribal no ombro esquerdo. E doeu pra caramba! Mas eu gostei demais também!

Ainda em Bangkok piramos nas compras de camisetas com estampas malucas na Khaosan Road, visitamos alguns templos, vimos o Buda reclinado de 45m de comprimento e almoçamos com o Danny, o advogado da Onu que reencontramos na cidade.

Ainda demos uma escapadinha de um dia para Ayuthaya, antiga capital do reino de Sião, onde vimos bastante ruínas e coisas velhas. De bicicleta!

E, enfim, nos separamos...

Silvão continua em Bangkok, a caminho da Europa, e eu estou em Hong Kong, me preparando pra ir pra África.

E depois de 4 meses dá um sentimento de fim de namoro. A gente sempre juntas, rindo das esquisitices que nos apareciam no caminho, entrando nas mesmas roubadas, fazendo fofoca alheia, lembrando do Brasil, vivendo grudadas durante tanto tempo, dividindo a mesma cama e até mesmo brigando às vezes.

E, de repente, cada uma segue o seu caminho e o sentimento é estranho. E é estranho pensar que ainda faltam 2 meses de viagem, de coisas novas, de lugares novos e pessoas novas, mas que minha velha companheira não estará mais presente!

(Silvão, te vejo no Brasil, já estou com saudades! Arrase por mim na Europa!)